Uma rápida conversa com o MONKEY MAJIK

MONKEY MAJIK se estabeleceu como uma banda capaz de desfazer facilmente as fronteiras entre distintos gêneros musicais e culturas em suas canções. Recentemente eles terminaram com sucesso uma turnê com a dupla Tsugaru-Shamisen, Yoshida Brothers, que os levaram a Toronto, Ottawa - a cidade natal dos vocalistas/guitarristas Maynard e de Blaise Plant - e Nova Iorque.

Em uma ligeira entrevista antes da turnê, nós conseguimos descobrir os seus pensamentos sobre a cidade de Ottawa, o trabalho com o Yoshida Brothers e mais.

O som do MONKEY MAJIK incorpora muitos estilos diferentes e parece mudar bastante de uma música para outra. Como você o descreveria para alguém que não conhece as suas músicas?

Maynard: Nós temos sido chamados de uma banda híbrida desde o começo. Eu acho que você pode dizer que isso também se destaca nas nossas músicas. Da Broadway ao indie, ao rock’n’roll e ao soul, todos nós crescemos inspirados por vários músicos diferentes. Misturar todos os gêneros diferentes junto parece funcionar “magicamente” de alguma forma. Eu realmente nunca gostei de um álbum onde todas as músicas fossem de um único estilo.

Vocês fizeram turnê nos EUA e Canadá no passado. Vocês perceberam alguma diferença entre como os fãs na América do Norte e no Japão reagem às suas músicas?

Maynard: Os gritos mudam constantemente, mas o sentimento é sempre o mesmo. Eu acho que os nossos fãs apoiam a ideia de que a nossa música não é direcionada para algo específico ou um assunto da atualidade, dos jornais, mas sobre olhar para o espelho e reconhecer o poder de dentro.

Maynard e Blaise, há algo que vocês sentem falta do Canadá, desde que vocês se mudaram para o Japão?

Blaise: Eu viajo para lá o bastante para não sentir muita falta, mas eu adoraria passar mais tempo com a minha família.

Se você estivesse mostrando para uma pessoa a cidade de Ottawa pela primeira vez, o que você gostaria que ela visse?

Maynard: Eu gostaria de apresentá-la ao tempo frio do inverno só para ver como ela reagiria. Poutine é o meu lugar favorito, então é óbvio. Comer cauda de castor... tem sempre uma boa reação, como “Você come castor?” Eu realmente gosto de Ottawa no inverno. Há tanta coisa acontecendo, e eu gostaria que mais pessoas soubessem sobre isso.

Recentemente você se tornou o “Embaixador de Kizuna”, entre o Japão e o Canadá. Quais foram os pontos altos dessa experiência para você?

Maynard: Ter uma perspectiva mais ampla das fortes relações do Canadá com o Japão. Conhecer novas pessoas de todas as partes do mundo.

Vocês estão fazendo uma turnê com o Yoshida Brothers, com quem vocês colaboraram em uma música, Change. Como isso aconteceu? Vocês já estavam próximos de trabalharem juntos ou foi uma ideia de vocês?

Maynard Naquela época nós estávamos trabalhando em um projeto de colaboração com alguns outros músicos, antes do lançamento de Sora wa Maru de, e eu trouxe para os membros da banda a ideia de tentar usar o som do Yoshida Brothers em uma de nossas músicas. Nós sabíamos que eles estavam tão ocupados, provavelmente fazendo turnê mundial, que eles não teriam tempo para trabalhar com a gente. Para a nossa surpresa, eles tinham alguns dias de folga, nos encontramos em Tóquio, e gravamos no estúdio antes que eles voltassem à turnê. Foi uma das melhores sessões de gravação que nós já tivemos.

E foi difícil integrar o som do shamisen nas suas músicas?

Maynard: De forma alguma. Eu me lembro de que antes de conhecermos o Yoshida Brothers, eu gravei a minha voz imitando precariamente o som do shamisen.

Por fim, vocês tem alguma mensagem para os seus fãs estrangeiros?

Maynard: Vai ser um show muito incrível! Se você tiver tempo, venha e junte-se a nossa festa! Até mais!

Agradecimentos ao MONKEY MAJIK e Domo Music Group por fazerem essa entrevista possível.