O KoME teve a oportunidade de entrevistar
GENIUS, um trio rock'n'roll natural de Busan. A banda foi formada em 2009 e já fez turnês pela Coreia do Sul e pelo exterior.
GENIUS é conhecida na cena indie por sua atitude bem humorada que fez com que eles superassem os obstáculos que uma banda pode passar em seu caminho ao sucesso. Ainda bem que eles são, como mesmo se descrevem, absurdamente lindos.
Poderia ser apresentar aos nossos leitores e nos contar como a GENIUS foi formada? Como vocês três se conheceram?
Steve C: Como Wolverine dos X-Men, ninguém saberá a verdade até daqui a 20 anos.
Vocês lançaram três LPs e um álbum digital desde seu início. Como é o seu processo criativo? Quais são os principais temas que vocês exploram?
Steve C: Pessoas ruins tentam viver boas vidas enquanto pessoas boas vivem vidas ruins.
É difícil perguntar as questões certas sobre música, certo? Um chef pode dizer o que há no tiramisu, mas e daí?
Kim Il Du foi chamado pela GQ Korea como a Voz do Ano em 2013. Como ele se sentiu sobre isso e o que isso representou para a banda?
Steve C: Ele ficou envergonhado.
Nos conte mais sobre seu último lançamento, Lucky Mistake
, de junho (2015).
Steve C: Nesse ano nós assinamos com a
Boonga Boonga Records, então para dizer "oi", nós gravamos isso de súbito:
Lucky Mistake. Olá!
Muito da música coreana que é exportada para nós é o Kpop, mas nós sabemos que a cena indie e punk coreana se torna forte a cada dia há anos, com música de qualidade e diversa. Canções muito originais também. Como é a cena punk na Coreia, quando falamos sobre lançamentos, shows e o apoio dos fãs?
Steve C: O comediante
Bill Burr não entendia Chewbacca em Star Wars: “Não entendo o Chewbacca. Ele poderia arrancar o braço de alguém. [Contudo] Ele atira como se ele fosse... ele fosse limitado." É como o punk é aqui: uma criatura cabeluda e pesada com uma arma laser, em um universo de espaçonaves. Esse não é nosso mundo e provavelmente nunca será. Talvez seja por isso que o rock and roll esteja aqui, contudo. Confira o último lançamento do The March Kings,
Vivid Night, e do Say Sue Me,
Big Summer Night.
Bad Habit é uma música foda. Vocês ouvintes vão gostar.
Vocês já viajaram por quatro países e dividiram o palco com muitas bandas. Podem nos dizer mais sobre essa experiência?
Steve C: Sou um voyeur desde jovem, um estranho no bairro, olhando para as janelas. Queria saber como outras pessoas viviam. O quão diferente somos? Acho que muitas pessoas se perguntam sobre esse tipo de coisa. Não é particularmente profundo. O legal é que, quando viajamos, eu descubro sobre isso. Em 2013, nós tocamos em Prescott, Arizona, em uma cidadezinha parecida com Gilmore Girls. Às vezes, shows são apenas bares e banheiros. Às vezes, posso ser outra pessoa.
Muitas bandas punk da Coreia tem aparecido e recentemente vimos essas bandas com shows no Reino Unido, como Juck Juck Grunzie no Glastonbury Festival. Você acha que tem sido mais fácil mostrar o trabalho da cena indie coreana no exterior? Por que?
Steve C: Sim e não. Ultimamente, há dinheiro sendo gasto para mandar a cena coreana ao exterior, mas a Coreia nunca soube o que faz com que eles sejam legais. Eles acham que "Clones Americanos" são a resposta. Vocês se lembram de
Se7en,
BOA e
Wonder Girls no exterior? O governo deveria apoiar os seus artistas de forma mais sistemática, de baixo para cima. Há várias bandas indies boas por aqui, mas todo mundo está assistindo TV. Adoro Kpop, mas... sério.
Qual música do seu repertório vocês podem sugerir para alguém que está para experimentar o GENIUS pela primeira vez?
Steve C: Fique tranquilo. Confira as canções que nunca tocamos ao vivo, como
Simple and Normal e
About Loving Someone.
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Steve C: Nos acompanhe pelo nosso
Facebook. Ninguém gosta da gente e ninguém é como nós. Obrigado por ler.
KoME gostaria de agracer ao GENIUS por tornas esta entrevista possível.