Entrevista

Entrevista com o BESPA KUMAMERO

30/11/2008 2008-11-30 12:00:00 KoME Autor: NirVanKa Tradução: R.

Entrevista com o BESPA KUMAMERO

O BESPA KUMAMERO se apresentou pela primeira vez na Rússia e o JaME teve a chance de conversar com seus dois integrantes


© JaME
Antes do concerto, organizado pelo CMG-Project, começar, tivemos a oportunidade de conversar com o BESPA KUMAMERO em um ambiente confortável sobre o seu novo álbum, as primeiras impressões sobre Moscou e seus planos para o futuro.


Olá! Por favor, se apresentem para os nossos leitores.

Azumi: Nós tocamos no Japão usando techno, eletrônica, rock e outros estilos musicais. Nós somos o BESPA KUMAMERO.

Como vocês imaginavam a Rússia e Moscou antes de virem aqui? Sua visão mudou?

Azumi: Eu ouvi dizer que Moscou é uma cidade muito bonita. Fomos em excursões e eu vi que era verdade.
Monkichi: Nós fomos ao Kremlin. É muito bonito.

Vocês chegaram à Moscou há alguns dias. Tiveram a chance de experimentar a comida local?

Azumi: Nós adoraríamos, mas ainda não tivemos a chance.
Monkichi: Ah, não! Nós comemos panquecas e caviar.

E que lugares vocês visitaram?

Azumi: A igreja na Praça Vermelha, a Catedral de São Basílio. E... museus...
Monkichi: O Museu Pushkin!
Azumi: Isso, isso, Pushkin!

Azumi, fiquei sabendo que você estudava design de jóias na escola. Por que você escolheu essa direção?

Azumi: Não é que eu queria estudar design em especial, eu só queria aprender sobre design de roupas. Achei que seria útil para mim.

Azumi, poderia nos contar sobre o artigo que Monkichi escreveu para uma revista, que acabou fazendo com que vocês se conhecessem? O que te chamou a atenção?

Azumi: Foi muito interessante ver como Monkichi observa o mundo ao seu redor. Ele tem idéias estranhas que eu desconhecia. Ele também possui um estilo literário muito singular. Através de seus artigos eu senti que éramos almas gêmeas. Ele tinha sua própria coluna, onde ele escrevia ensaios e publicava fotos de coisas que ele tinha feito.

Monkichi, como você passou do hardcore punk ao techno?

Monkichi: Na escola, nós tocávamos em uma banda. Mas depois que nos formamos, não tivemos oportunidade de nos reunir como fazíamos na escola. Eu simplesmente não tinha com que tocar, e foi por isso que comecei a fazer música sozinho. Então, eu ouvi falar sobre o seqüenciador, um programa que ajuda você a escrever música sozinho, utilizando diferentes sons.

Quem desenha seus visuais? Vocês têm um estilista?

Azumi: Nós inventamos nosso estilo.

Sua música contém vários elementos e camadas. Como vocês decidem os elementos que serão utilizados?

Monkichi: Antes de formamos a banda, eu costumava compor com a ajuda de um computador. O som eletrônico era a parte principal desse trabalho. Então eu mudei para o techno. Nós só queríamos acrescentar nossos elementos prediletos na música... (Azumi o interrompe)
Azumi: Pensamos que seria mais interessante se não nos concentrássemos apenas no techno.
Monkichi: Então tocaríamos músicas que nenhuma outra banda toca.
Azumi: No entanto, nós apenas adicionamos elementos em nossas músicas que pareciam interessantes para nós.

Azumi, você encontra dificuldades na banda por ser do sexo oposto?

Azumi: Não, nós tomamos todas as decisões juntos, então não temos nenhuma dificuldade.

Seu primeiro clipe acaba de ser lançado. Como foram as gravações, quem surgiu com o conceito e por que vocês decidiram incluir animações?

Azumi: Nós só pegamos o material dos nossos shows e os mostramos para os animadores e contamos como vemos o BESPA KUMAMERO. O resto foi por conta deles.

Por favor, nos contem sobre sua primeira viagem ao exterior. Qual país vocês visitaram e como foi a reação de seus fãs?

Azumi: O primeiro país foi a Inglaterra. Lá, a maioria dos shows acontecem em casas de shows e não em clubes. Em comparação com a Rússia, o clima aqui é diferente da Inglaterra.
Monkichi: Também haviam duas bandas do Japão, mas eles tocavam estilos diferentes do techno. Muitas pessoas que gostam de rock compareceram mas elas também gostaram de nossa performance.

Que país na Europa que vocês mais gostaram?

Azumi: Nós gostamos da Inglaterra.

Você colocam muita energia em suas performances e usam muitos elementos da cultura japonesa, como katanas e leques. O quão importantes são suas performances ao vivo? Vocês incluem elementos japoneses para manter sua identidade como uma banda japonesa?

Azumi: Só tocar música é muito chato, por isso achamos que seria legal incluir algo enquanto nos apresentamos. Jamais pensamos em adicionar elementos japoneses em particular. Só decidimos que seria interessante adicionar uma katana enquanto nos apresentamos no palco.
Monkichi: Quando estávamos escrevendo a música Hagure kumo (canção em que Monkichi mostra sua técnica de Kendo e Azumi dança com leques), não tínhamos idéia de que algum dia nós estaríamos nos apresentando no exterior. Por isso nos esforçamos muito para que os fãs japoneses curtissem nossos shows. Você não consegue entender o BESPA KUMAMERO apenas escutando a música. Nós tentamos ser uma banda que não é apenas ouvida, mas também vista e admirada por todos.

Por favor, nos contem sobre o seu primeiro álbum, Romantic Waves. Como vocês selecionaram as músicas? Existe algum tema central?

Azumi: Não, não existe um tema especial. Nós queríamos encher o álbum com muitas imagens diferentes para os nossos fãs. Haviam muitas músicas que tocávamos ao vivo e que queríamos incluir no álbum. Infelizmente, não conseguimos colocar todas. A decisão final foi baseada se gostávamos ou não da música.

Como foram as gravações?

Monkichi: As gravações aconteceram lentamente, mas não tínhamos pressa. Mas quando ouvimos que iríamos tocar no exterior, nós decidimos lançar um CD mais cedo. Então, no fim nós tivemos que terminar o álbum com muita pressa.

Vocês participaram de várias convenções de anime na América este ano. Poderiam nos contar um pouco sobre elas e sobre como vocês receberam o convite?

Azumi: Fomos contatados através do MySpace.
Monkichi: Uma companhia americana nos achou e nos convidou para uma convenção de anime. E o site Japanfiles.com nos convidou para o México.

Vocês gostaram? Como era o ambiente lá?

Azumi: Nós adoramos! Haviam muitas pessoas e todos se divertiram.

Vocês gostam de anime? Se sim, qual é o seu preferido e qual foi o último que vocês assistiram?

Monkichi: Nós assistimos, mas não nos interessamos por nenhum em particular. Além disso, nós não fazemos músicas para anime, mas ainda assim, convenções de anime nos convidam para tocar. Isso é interessante... por que acontece isso? (risos)
Azumi: Eu prefiro mangás. O meu mangá favorito é... (risos) é difícil dizer.
Monkichi: Ela prefere o tipo de mangá que não é popular.

E quanto à música? Vocês tocam techno e eletronic, mas que tipo de música vocês gostam de ouvir?

Azumi: Um monte de bandas diferentes. Mas nenhuma em especial.
Monkichi: Gostamos de diferentes estilos musicais. Por isso é tão difícil responder a essa pergunta. Mesmo se eu pensar bastante não vou conseguir responder (risos). Pra falar a verdade, as pessoas nos perguntam bastante sobre isso. Talvez seja por isso que seja difícil de escolher uma favorita.

E no seu tempo livre: vocês gostam de sair ou preferem ficar em casa? O que vocês gostam mais?

Azumi: (risos) Internet.

Vocês planejam lançar algo novo em breve?

Azumi: Pra falar a verdade, provavelmente nós estamos provavelmente preparando algo neste momento. (risos)

Como vocês vêem o BESPA KUMAMERO nos próximos cinco anos? O que vocês querem conquistar no futuro?

Monkichi: Em cinco anos? (risos)
Azumi: Se ainda estivermos em boa forma física, queremos continuar trabalhando.
Monkichi: Daqui à cinco anos eu terei 43 anos e eu não sei se vou conseguir me mover (risos).

Finalmente, deixem uma mensagem para os seus fãs internacionais.

Azumi: Nós planejamos nos apresentar ainda mais no exterior. Escute nossas músicas e venha assistir aos nossos shows se tiver a chance. Tenho certeza que você irá gostar!
Monkichi: Venha nos ver antes que eu pare de me mover (risos).
Azumi: (risos) Isso, porque o tempo está acabando.


O JaME gostaria de agradecer à Manyata pela tradução, ao BESPA KUMAMERO e ao CMG-Project por tornar esta entrevista possível.
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