O MONORAL falou sobre os seus shows na América do Sul e na Europa, sua música e o que vem por aí.
Na noite antes do show em Paris, o MONORAL reservou um pouco do seu tempo para responder às nossas questões sobre seus shows na Espanha e na França, assim como a sua turnê Via Latin America Tour 2008. Patrocinada pelo JaME, a turnê aconteceu entre novembro e dezembro de 2008 e passou pelo México, Brasil, Chile e Argentina. Anis passou parte da sua infância na França e respondeu algumas de nossas perguntas em francês, por isso indicamos a língua que ele utilizou em cada resposta.
Olá, vocês poderiam se apresentar aos nossos leitores que ainda não os conhecem?
Anis: (em francês) Eu sou o vocalista do MONORAL, Anis, e este é o Ali.
Ali: Eu toco baixo.
Desde a sua última entrevista para o JaME, seu álbum Via foi lançado. Como vocês descreveriam este álbum?
Anis: (em francês) Na verdade, é um álbum muito colorido, eu acho. Tem várias músicas antigas que compusemos quando estávamos fazendo o Turbulences, e algum material novo também. Eu acho que é uma mistura, é um pouco de tudo do que nós fizemos desde o In Stereo até agora. Ele não tem cores fortes como o In Stereo ou o Ammonite. É uma pequena mistura desses álbuns.
Ali: Como ele disse, (risos) nós queríamos fazer um álbum candy pop. Eu acho que nós estamos aptos a isso.
Nós podemos ver uma evolução do Turbulences para o Via. Quais foram as suas inspirações para esses álbuns?
Ali: Para o Turbulences, nós focamos em fazer um álbum que seria diferente dos nossos outros álbuns. Nós queremos realmente fazer novas músicas e expressar novos sentimentos. Via é diferente do que o MONORAL normalmente faz. Eu acho que é uma mistura de tudo o que fizemos até hoje.
Anis: (em inglês) Foi o que eu disse antes. (risos)
Ali: Ah, certo, foi o que você disse em francês. (risos)
Anis: (em francês) Eu acho que nós fomos inspirados pelos shows que fizemos. Nós quisemos colocar isto no nosso álbum, as essências dos diferentes países, mesmo aqueles que ainda não visitamos, como a Costa Rica. Nós quisemos fazer um álbum que realmente descrevesse o termo “Via” (“Viagem”), algo que poderia nos levar a outros continentes para fazer shows. Foi o que aconteceu! Nós lançamos o álbum, e depois nós viemos para a América, México e América do Sul, e aqui estamos, na França, e também tocamos na Espanha.
Ali: Eu concordo completamente. (risos)
(Nota: Ele não entendeu uma palavra do que o Anis falou em francês.)
Parece que, na sua abordagem musical, há uma sensação de desorientação, um desejo de criar um universo estranho, longe deste que conhecemos. Isto é intencional? O que vocês querem que a gente sinta através da sua música?
Anis: (em francês) Isto não é intencional. Eu nasci na Inglaterra e estive em vários continentes. Eu acho que tentamos fazer uma música que seja natural para nós. Nós não tentamos fazer algo difícil ou fácil. É por isso que eu canto em inglês, é mais natural para mim, porque eu escutei muitas músicas em inglês. Eu não nasci aqui na França, mas de qualquer forma, eu vivi treze anos em Paris. Eu também escutei músicas francesas, mas a maioria era em inglês. Além disso, é mais fácil para nós escrever músicas em inglês, porque o Ali fala inglês também… Realmente, é mais fácil para nós fazermos desse jeito.
As músicas que vocês tocam é uma mistura de diferentes estilos. Algumas são progressivas, algumas são étnicas, e todas são misturadas com rock. Como vocês chegaram a criar este universo? Como vocês escrevem as letras?
Ali: Eu não sei se isso é uma grande coisa, em termos musicais. É um pouco como para um escritor, tudo o que ele escuta e lê influencia. Mesmo que haja tipos de música que não tenham a ver diretamente conosco, eles têm impacto sobre as nossas músicas. Então eu realmente não acho extenso comparado a outros grupos. O MONORAL, de alguma forma, está buscando uma direção. Nós temos tentado fazer algo que não tinha sido feito antes e algo que, ao mesmo tempo, fosse excitante para nós.
Quais são as suas influências musicais?
Anis: (em francês) É um pouco de tudo. Eu acho que o Ali e eu temos escutado de tudo e nada ao mesmo tempo. Quando eu era jovem, eu ouvia muito Jackson 5, quando eu tinha por volta de 5 anos de idade, e tudo era dançante. Antes do ensino médio, eu ouvia os hits, como qualquer um, o que tocava na França, realmente tudo. Ele também, ele ouvia muitas músicas. (em inglês) O que você ouvia?
Ali: Eu ouvia músicas antigas, na maioria. Eu amo Radiohead. Eles são um grupo surpreendente. Eu pude vê-los crescer como um grupo desde o seu primeiro álbum e o seu primeiro show no Japão. É fascinante ver um grupo sair do nada e se tornar tão famoso. O melhor deles é que não são totalmente comerciais. De qualquer forma, eles fazem música artística e sucesso comercial. Isso é algo muito raro e é o que eu respeito neles. Existem outras bandas que fazem música boa, verdadeira, mas não fizeram tanto sucesso. E Radiohead gosta de Jeff Buckley (músico americano que inspirou o Radiohead).
No Halloween, você participaram de um show da VAMPS. Como foi? Quais eram as suas fantasias?
Ali: Você estava vestido de enfermeira, certo?
Anis: (em francês) Sim, eu acho que sim…(risos) Na verdade, nós fizemos três Halloweens, o nosso e dois com o VAMPS. Ali era a Amy Winehouse com o VAMPS e eu era um samurai. Ele disseram que nós tocamos como o MONORAL, mas nós fomos um tipo de Cirque du Soleil. Eu era um unicórnio, vestido todo de branco. Foi louco.
Então vocês não conseguiram colocar um cavalo de verdade no palco como queriam?
Anis: (em francês) Eu queria, mas não consegui. Então eu fiz um unicórnio. (risos) Um cavalo de verdade seria muito difícil, talvez neste ano ou no próximo, quem sabe… mas eu acho que séria ótimo, ter cavalos no palco está na moda.
Realmente! Em dezembro de 2008, vocês fizeram a sua primeira turnê na América do Sul. Quais foram os melhores e os piores momentos da turnê?
Ali: Eu não tenho nenhuma memória particularmente ruim, mas tem uma coisa, eu poderia dizer que os piores momentos foram quando nós estávamos mudando de um lugar para o outro, o que era difícil por causa da quantidade de bagagem e material que nós tínhamos que levar. E, além disso, as malas eram limitadas por peso, e misturadas. Nós fizemos três transferências por dia e por alguma razão, levamos trinta horas para ir do México para o Brasil. Nós tivemos que passar pelos Estados Unidos, para Santiago ou outro lugar… Esse dia foi um pesadelo. Mas fora isso, foi uma experiência incrível. Foi a primeira vez que tivemos a oportunidade de tocar fora do Japão e ter um público ouvindo nossas novas músicas. Foi uma experiência realmente emocionante.
Anis: (em francês) Eu gostei da chegada. Era muito bom quando chegávamos em algum lugar, nós encontrávamos pessoas novas e fazíamos novos amigos. Por isso não foi fácil ir embora. Ficamos muito apegados às pessoas que trabalharam conosco e às que vieram nos ver. Mais do que tudo, foi muito difícil deixar o Brasil, porque ficamos lá por dez dias. Os brasileiros coordenaram a turnê e estiveram conosco em todos os lugares – no Chile, no México e no Brasil, relamente em todos os lugares. Nós ficamos um mês com eles. Foi um pouco triste voltar. As pessoas eram muito entusiasmadas, eles sabiam todas as músicas e cantaram conosco. Foi comovente.
Vocês se surpreenderam com alguma coisa nessa turnê?
Anis: (em inglês) Eu me surpreendi com muitas coisas. Eu nem sabia como as pessoas conheciam o MONORAL. Nós fomos a primeira banda japonesa a tocar em muitos lugares. Muitas pessoas vieram, eles nos conheceram, cantaram conosco, criaram uma atmosfera e também choraram. Foi incrível.
Ali: Na verdade, tudo foi mais do que uma surpresa.
Nós ouvimos que o show em Montpellier foi cancelado e vocês improvisaram um show em um bar. Como foi a noite e o encontro com os fãs?
Ali: Nós nos sentimos realmente mal pelos fãs, por causa do cancelamento. Nós soubemos que foi cancelado na manhã do show. Nós realmente queríamos esse show, porque tinha pessoas que vieram de todas as partes do mundo, e por todos as pessoas de Montpellier. Não sabíamos quando poderíamos retornar, então nós queríamos realmente fazer isso. De qualquer forma, fico feliz que tenhamos feito alguma coisa…
Anis: (em inglês) Nós estamos realmente irritados com os responsáveis pelo cancelamento do show em Montpellier! (em francês) Nós sabíamos que havia pessoas esperando por nós, as pessoas de Montpellier, e também pessoas que vieram da Normandia, do Japão e de Taiwan. Tinha muitas pessoas que vieram nos ver. Foi muito irresponsável cancelar assim. Eu estou muito feliz que nós tenhamos feito alguma coisa. Tinha músicos de Montpellier que vieram nos ver, e nos ajudaram a encontrar um café que tivesse um terraço em que pudéssemos tocar. Algumas pessoas nos trouxeram violões, já que nós só temos instrumentos elétricos. E eles trouxeram os amplificadores. Mas nós queríamos ter certeza de que todos que deveriam ter ido ao show estariam lá naquela noite. O local escolhido foi um lugar isolado, então colocamos um cartaz para avisar às pessoas. Pegamos o nosso carro e trouxemos as pessoas que não pudiam vir, assim tínhamos certeza de que todos estariam lá. Provavelmente foi melhor assim, porque pudemos falar com as pessoas. Nós fizemos a mesma coisa ontem em Paris, porque nós íamos tocar em 3 de maio, mas a data mudou para 5 de maio. Tinha muitas pessoas que não poderiam ir no dia 5. Nós sabíamos que não poderíamos tocar como fizemos em Montpellier, porque não é tão fácil fazer isso em Paris, que é tão populosa. Eu não estou feliz pelo show ter sido cancelado, mas isto nos deu a oportunidade de encontrar as pessoas e conversar. No final não foi tão ruim. Poderia ter sido bem pior, se não tivéssemos encontrado as pessoas em Montpellier e Paris!
A noite do show em Montpellier foi 1º de maio. Neste dia na França, é costume dar lírios às pessoas. Nenhum dos seus fãs lhes deram lírios?
Anis: (em inglês) Isso, vocês dão lírios em 1º de maio, eu ganhei alguns. É um símbolo de sorte.
(Entregamos um lírio para cada um.)
Anis: (em inglês) Uau, super! Muito obrigado.
Ali: É para sorte, certo? Nós vamos precisar para esta turnê, eu acho. (risos) Obrigado.
Hoje vocês terminam a sua primeira turnê européia. Como foi?
Ali: Para falar a verdade, nós tivemos muitos cancelamentos nesta turnê. Foi a nossa primeira. Como músico, é muito frustrante ter shows cancelados, porque nós viemos aqui para tocar. Quando um show é cancelado, nós não podemos liberar a nossa energia. Não é como se estivéssemos de férias. Certamente as cidades são bonitas e nós tivemos tempo para visitá-las devido aos cancelamentos, mas é realmente frustrante não poder tocar. Nós queremos ter certeza que isto não se repita no futuro, e eu pessoalmente não quero que isto aconteça. Tendo dito isso, esta foi a primeira vez que eu vim para a Espanha e para a França. É realmente bonito. Eu sempre quis vir para a Europa, mas eu nunca tive a oportunidade. É como um sonho se tornando realidade. Da próxima vez que viermos, eu espero que seja melhor do que dessa vez. Nós esperamos fazer mais shows.
Anis: (em inglês) O que ele quer dizer para as pessoas responsáveis pelos cancelamentos é: "Vão se danar." (risos)
Ali: Ao mesmo tempo, eu me sinto responsável pelos cancelamentos, porque, no final das contas, nós não poderíamos aparecer em público. Nós temos que aprender com estas experiências para fazer com que isso não aconteça mais.
Anis: (em francês) Nós realmente gostaríamos de fazer uma boa turnê com mais datas. Nós pedimos muitas desculpas aos espanhóis, porque os shows em Vigo e Gijon foram cancelados. No dia que íamos para Vigo, soubemos do cancelamento, então ficamos em Madrid e não pudemos ir. Nós não pudemos fazer nada e não pudemos encontrar os fãs, como fizemos em Montpellier. Foi realmente uma vergonha.
Todos estes cancelamentos não desanimaram vocês a retornarem?
Anis: (em francês) Não, não, ao contrário, isto na verdade nos motivou. O que nós estamos fazendo são turnês para os lugares que somos convidados. Nossa produtora fez acordo com eles. Quem planejou foi quem nos convidou. Eu acho que nós fomos de bom grado fazer uma turnê que não foi necessariamente bem organizada. Depois que isto aconteceu, nós vamos realmente ter de nos preparar para vir. Tem algumas bandas japonesas que se organizam, mas nós nunca fizemos isso. Nós estávamos esperando uma chance para vir. No futuro, nós vamos nos planejar melhor e, se há pessoas que lerem isso e quiserem que nós voltemos, nós vamos trabalhar diretamente com eles. É meu sonho fazer um uma turnê realmente boa, e fazer bons shows, bem organizados. Em Montpellier, nós falamos sobre isso e dissemos que teremos nossa vingança no ano que vem.
Vocês também sofreram uma queda de popularidade.
Anis: (em francês) Foi mesmo anti-publicidade. Eles fizeram tudo o que puderam para cancelar os shows. Eu tenho a impressão que eles fizeram tudo de errado para nos impedir e o público que veio nos ouvir. Esta foi a impressão que eu tive, e isto realmente nos revoltou e ao nosso pessoal em geral. Nós fizemos tudo o que pudemos para que tudo corresse normalmente.
Vocês não têm nada engraçado desta turnê para nos contar?
Anis: (em inglês) Eu acho que bebemos muito durante a turnê. Não teve um dia que não bebemos.
Ali: Sim, no inicio da turnê, Anis estava bebendo como se não houvesse amanhã. (risos)
Anis: (em inglês) Por causa dos cancelamentos. Mas antes disso, não.
Ali Ele passou dos limites e, na verdade, isto terminou lamentavelmente.
Anis: (em inglês) Desde o primeiro cancelamento, eu não conseguia aproveitar os dias seguintes. Foram dias muito, muito tristes. Eu bebi muito pra esquecer.
Ali: Paris é a cidade em que ele morou, mas eu vou dizer de novo, é muito bonita. Eu visitei um museu.
Anis: O Louvre.
Ali: Sim, o Louvre. Eu sempre quis visitá-lo. Nós ficamos três horas lá. É fascinante, e eu realmente aproveitei cada momento da visita. Eu tenho certeza de que nunca vou esquecer essa viagem.
Anis: (em francês) Nós caminhamos pelos Champs Elysées e fomos no alto do Arco do Triunfo. Nós vimos Paris de cima. Nesta noite nós vamos à Torre Eiffel, é mais bonita à noite.
Ali: A Espanha também é muito boa.
Anis: (em inglês) Sim, a Espanha é realmente legal.
Ali: Havia todos os tipos de paisagens da Espanha. Barcelona é muito interessante.
Anis: (em inglês) Eu realmente gostei de Granada.
Ali: Eu também, eu gostaria de ter ficado mais para ver a cidade.
Anis: (em francês) Nos primeiros três dias, foi o inferno. Nós ficamos nos mudando o tempo todo, nós ficamos apenas uma noite em cada lugar. Eu teria preferido ficar mais tempo, é uma pena.
E o que vocês acharam do público europeu?
Ali: O público foi diferente em cada show. No início da turnê nós tocamos com os Niños Mutantes. Um bom número de pessoas veio nos ver. Eu acho que um monte daquelas pessoas não sabia quem nós éramos. Isso foi muito bom, porque nós nunca tivemos a chance de tocar para pessoas que não sabiam quem nós éramos. Eu senti que o show rolou naturalmente e nós tivemos uma boa resposta. Como nos países da América do Sul, seu estado de espírito é muito musical. Eles estavam lá realmente pela música, e, pra mim, isso é ótimo. Quanto à França, nós infelizmente ainda não tocamos aqui. (risos) Eu estou muito ansioso para que amanhã chegue.
Agora algumas perguntas mais pessoais. O que vocês têm nos seus MP3 players?
Anis: (em inglês) Que músicas eu tenho? Eu tenho uma tonelada! O primeiro da lista é A-Ha e o último é ZZ Top. (risos)
Ali: Eu tenho muitas no meu. Eu tenho algumas coisas novas especificamente para essa turnê: Desiree Jones, que eu não gosto tanto, (risos) o recente Depeche mode, muito legal. O que mais eu pus nele? Eu também tenho Silver Apples, uma banda progressiva dos anos 60, que eu escuto em momentos específicos. Akira e Daigo, nosso guitarrista e baterista, desmaiaram completamente numa noite e eu pus esta música perto das suas orelhas. Eu acho que eles tiveram pesadelos, porque esta música é uma loucura. Eu coloquei isto aqui especialmente para eles. Fora isso, eu tenho alguns singles clássicos e antigos.
Qual álbum vocês mais escutaram nas suas vidas?
Ali: Qual álbum eu mais escutei? Eu me pergunto…
Anis: (em inglês) Quando fazemos uma música, nós os escutamos centenas de vezes até decidir o que mixar. Para dizer um nome de álbum, eu não tenho idéia. Na realidade, eu escuto mais cassetes do que CDs.
Ali: Ele é um fã clássico, ele escuta tudo milhões de vezes. Os CDs que eu mais comprei, porque eu estou sempre quebrando-os ou perdendo-os, são CDs do Radiohead, e há outros, eu perco demais os meus CDs.
Anis: Eu também, eu perco o tempo todo.
Ali: Eu tenho oito cópias de um álbum, mas nenhum deles tem CDs dentro! (risos) É por isso que eu tenho que comprá-los. (risos)
Das suas músicas, qual é a sua favorita?
Ali: Qual seria…
Anis: (em inglês) Isso muda o tempo todo!
Mas no momento?
Anis: (em inglês) O que seria realmente especial para nós, é uma música perfeita.
Ali: Seria uma boa oportunidade para nós, nós temos que ficar muito orgulhosos da forma de como a canção foi criada, uma canção que chegou em um bom momento e que descreva bem a atmosfera. Esperamos que ainda não tenha sido criada.
Vocês jogam video games?
Anis: (em inglês) Eu não tenho jogado nada há um bom tempo!
Ali: Ele ama video games. Eu não gosto de jogar com ele, porque a coisa mais importante para ele é vencer. Não há o “vamos nos divertir juntos.” É só vitória.
Anis: (em inglês) É exatamente como eu me divirto. Isto destrói a motivação das pessoas a jogar comigo. Eu não jogo há um tempo, três anos agora. Eu normalmente jogo jogos de esportes – futebol, golf, e também jogos de terror. E eu falhei em certos níveis de "Resident Evil" e "Metal Gear". Eu economizo, quando chegar a hora de voltar, eu vou jogar novamente.
Ali: Quando eu jogo video games, eu arruíno a minha vida. Quando eu estava por volta dos treze ou quatorze anos e o primeirojogo da Nintendo saiu, eu não fiz nada a não ser jogar por meses, e eu disse a mim mesmo, “Merda, eu estou perdendo tempo!”. É por isso que eu não jogo, exceto em ocasiões especiais.
Quais os seus projetos futuros?
Anis: (em inglês) Fazer uma super turnê européia (risos) “Paz!” Eu imagino, bem organizada.
Vocês estão trabalhando em um novo álbum?
Anis: (em inglês) Sim, nós estamos sempre escrevendo músicas. Logo que tivermos uma boa música, ela será lançada. Nós ficamos lentos depois do primeiro lançamento, mas agora vamos lançar novos álbuns. No momento estamos concentrados em escrever músicas.
O JaME gostaria de agradecer a Anis e Ali por sua generosidade e o tempo que gastaram conosco. Também agradecemos a J por sua energia, sua disponibilidade, e por fazer esta entrevista possível.