Entrevista com a 2Z no Asia Star Festival

A banda sul-coreana 2Z veio ao Brasil pela segunda vez como parte do lineup do Asia Star Festival em julho, e a equipe do JaME Brasil teve a oportunidade de conversar com JungHyun, JISEOB, BUMJUN, HOJIN e ZUNON sobre a sua trajetória, a última passagem deles pelo Brasil e o álbum que criaram exclusivamente para os fãs brasileiros.

Como essa é a primeira entrevista para o JaME, poderiam se apresentar para as pessoas que ainda não conhecem a banda?

BUMJUN: O nome da banda é 2Z (tuzi), que em coreano se traduz como "espírito de luta". Para nós, significa que iremos lutar juntos até o final.

HOJIN: Nós temos muitos fãs aqui no Brasil.

JISEOB: Não descansamos em nenhum momento desde a nossa estreia, temos 38 músicas lançadas. Por favor, ouçam!

Vocês começaram trabalhando como modelos, o que levou vocês a irem para a carreira musical e quais as barreiras que tiveram?

HOJIN: Sim, já trabalhamos como modelos. A oportunidade de trabalhar com música surgiu após uma audição para montar uma banda e quem passou foram os membros atuais do 2Z. Música em si já é uma coisa complicada, então só de começar uma carreira musical já foi desafiador.

JungHyun: Aprender a tocar os instrumentos também foi uma barreira.

Algumas músicas da banda tem uma vibe dos anos 1980, incluindo o lançamento mais recente, Like a Movie. Vocês tem alguma influência dos anos 1980?

HOJIN: Acredito que sim. Os óculos escuros que a minha mãe usava na época, por exemplo. Quando vemos hoje pode parecer nostálgico e antigo, mas quando passar um tempo eles podem voltar à moda. Com a música é a mesma coisa.

Se pudessem indicar 3 músicas para quem não conhece o 2Z, quais seriam e por que?

HOJIN: Like a Movie, Not Without U e It's You. São as mensagens e os estilos musicais que melhor nos representam no momento.

BUMJUN e HOJIN participaram de séries BL (Boys Love). Como foi atuar e como surgiu essas oportunidades? 

BUMJUN: Eu gosto de mostrar coisas novas aos fãs. Assim como a música, atuar é uma forma de mostrar algo novo, mas é um jeito diferente de me expressar. Não sei muito sobre a popularidade dos BLs, mas ouvi falar que tenho vários fãs em países do sudeste asiático, como a Tailândia, devido à minha participação em "Behind Cut".

Vocês já vieram ao Brasil mais de uma vez, o que mais surpreendeu vocês?

BUMJUN: A primeira diferença que notei foi com relação à música. Acho que os brasileiros já nascem com música nas veias, porque quando qualquer música toca, vocês já começam a dançar e mostrar alguma reação. Na Coreia é um pouco diferente, os coreanos são um pouco mais tímidos.

HOJIN: Vou contar uma coisa nova que aprendi. Meu aniversário foi há dois dias e, quando chegamos ao Brasil ontem, a equipe da Highway nos levou para jantar. Eles me ensinaram que devo cortar o primeiro pedaço do bolo e dar para a pessoa mais especial que estiver ali presente, não há nada parecido na Coreia.

Quando vocês estão viajando, qual é a primeira coisa que gostam de fazer e experimentar?

HOJIN: Eu gosto de experimentar Coca Zero. (risos) Porque a Coca, apesar de ser uma marca presente mundialmente, tem o sabor diferente em cada região. Tanto a Coca quanto redes de restaurantes tem sabores diferentes em cada país. Em alguns lugares o sabor é adocicado e em outros o sabor é mais "umami", então é algo que noto em toda viagem.

Recentemente, vocês lançaram um álbum exclusivo para o Brasil. Como escolheram as músicas?

HOJIN: Fizemos nossa primeira turnê mundial no ano passado, e o Brasil foi um dos países escolhidos. Foi muito emocionante e, para registrar esse sentimento, gravamos um álbum, que não é este mais recente, assim que chegamos na Coreia. No álbum especial para o Brasil, incluímos as músicas daquele álbum anterior e também os lançamentos mais recentes.

Na última vez que vieram, vocês gravaram "A Queda", da Glória Groove, e "Admirável Chip Novo", da Pitty. Como foi gravar em português?

HOJIN: Como fiquei com a maior parte da letra, foi difícil porque é um idioma que não falo. Quando postamos no YouTube, os fãs comentaram que a minha pronúncia estava muito boa, então fiquei muito feliz.

JungHyun: Foi difícil, mas muito divertido.

BUMJUN: Como não tive que falar nada em português, foi fácil. (risos)

Vocês estrearam na pandemia. Como avaliam o crescimento do grupo e quais são os próximos objetivos da banda?

JungHyun: Ficamos um pouco desanimados ao percebermos que a pandemia começou a se agravar muito. Quando nos sentimos assim, vimos que estávamos todos na mesma situação e que deveríamos nos esforçar e superar as dificuldades juntos. E foi o que aconteceu.

BUMJUN: Continuamos lutando até conseguirmos chegar aqui e queremos aproveitar o festival para poder divulgar ainda mais a nossa música. Também queremos fazer mais shows agora que não há restrições.

JISEOB: Nos esforçamos muito nessa época e também no ano passado para poder estar aqui novamente, mas o trabalho não foi só nosso. Sou muito grato pelo apoio dos fãs.

O JaME gostaria de agradecer à 2Z, à Highway Star e à interprete Eun Sol Cho por tornarem esta entrevista possível.